é porque em cada instante
em mim foi vivo,
na busca de um bem definitivo
em que as coisas de amor
se eternizassem."
Porque tantas vezes falamos em cumplicidade, aqui vai...
Eu quero uma mulher
Que seja diferente
De todas as que eu já tive
Todas tão iguais
Que seja minha amiga
Amante e confidente
A cúmplice de tudo
Que eu fizer a mais
No corpo tenha o sol
No coração a lua
A pele cor de sonho
As formas de maçãs
A fina transparência
Uma elegância nua
Um mágico fascínio
O cheiro das manhãs
Eu quero uma mulher
De coloridos modos
Que morda os lábios sempre
Que for me abraçar
Que seu falar provoque
O silenciar de todos
E o seu silêncio obrigue
A me fazer sonhar
Que saiba receber
E saiba ser bem vinda
E possa dar jeitinho
Em tudo o que fizer
E que ao sorrir provoque
Uma covinha linda
De dia uma menina
A noite uma mulher
(Juca Chaves)
Depois da conversa que tivémos Babe aqui vai uma idéia do Mário, temos que mostrar isto ao Janeco!
"Nada me encanta já, tudo me aborrece, me nauseia.
Os meus próprios raros entusiasmos, se me lembro deles, logo se me esvaem - pois, ao medi-los, encontro-os tão mesquinhos, tão de pacotilha...
Outrora, à noite, no meu leito antes de dormir, eu punha-me a divagar. E era feliz por momentos, entressonhando a glória, o amor, os êxtases…
Mas hoje já não sei com que sonhos me robustecer. Acastelei os maiores… eles próprios me fartaram: são sempre os mesmos – e é impossível achar outros… Depois não me saciam apenas as coisas que possuo – aborrecem-me também as que não tenho, porque, na vida como nos sonhos, são sempre os mesmos. De resto, se às vezes posso sofrer por não possuir certas coisas que ainda não conheço inteiramente, a verdade é que descendo-me melhor, logo averiguo isto: meu Deus, se as tivera, ainda maior seria a minha dor, o meu tédio…
De forma que gastar tempo é hoje o único fim da minha existência deserta. Se viajo, se escrevo – se vivo, numa palavra: é só consumir instantes. Mas dentro em pouco – já o pressinto – isto mesmo me saciará. E que fazer então?
Não sei… não sei…
Ah! Que amargura infinita”
Mário de Sá carneiro
Amo : Ser amada
Odeio : Mentira
Música : Maria Bethânia
Livros : Isabel Allende
Filme: Frida
Cor: Todas porque a vida é a cores
Comida: Tudo o que é exótico
Bebida: Martini e Caipirinha
" A mulher não é só casa,
mulher-loiça, mulher-cama.
Ela é também mulher-asa,
Mulher-força, mulher-chama"
Ary dos Santos