domingo, 23 de março de 2008

Ilha de Faro, na Páscoa

Até podia ter sido na Ilha da Páscoa mas, não havia t€mpo e assim ficámos mesmo pela Ilha de Faro a passar a Páscoa e, não podiamos ter escolhido melhor!
Surfers, Bodyborders, Parasailings, todos procuram a liberdade e de certa forma, acredito que a maioria a encontre, principalmente no mar...

Um lugar bonito, a pessoa certa, um dia de sol, uma noite de chuva e fazemos a vida acontecer...
Um amor, duas amigas, muita cumplicidade...
Para ser feliz muito pouco é necessário não acham?
Obrigada Nuninho por nos teres emprestado a tua "cabana junto à praia" =)
Obrigada madrinha por teres ido ter conosco!
Obrigada BB por fazeres tudo acontecer!

domingo, 16 de março de 2008

Monólogo de Orfeu

Mulher mais adorada!
Agora que não estás, deixa que rompa
O meu peito em soluços! Te enrustiste
Em minha vida; e cada hora que passa
É mais por que te amar, a hora derrama
O seu óleo de amor, em mim, amada...
E sabes de uma coisa? Cada vez
Que o sofrimento vem, essa saudade
De estar perto, se longe, ou estar mais perto
Se perto, – que é que eu sei! Essa agonia
De viver fraco, o peito extravasado
O mel correndo; essa incapacidade
De me sentir mais eu, Orfeu; tudo isso
Que é bem capaz de confundir o espírito
De um homem – nada disso tem importância
Quando tu chegas com essa charla antiga
Esse contentamento, essa harmonia
Esse corpo! E me dizes essas coisas
Que me dão essa força, essa coragem
Esse orgulho de rei. Ah, minha Eurídice
Meu verso, meu silêncio, minha música!
Nunca fujas de mim! Sem ti sou nada
Sou coisa sem razão, jogada, sou
Pedra rolada. Orfeu menos Eurídice...
Coisa incompreensível! A existência
Sem ti é como olhar para um relógio
Só com o ponteiro dos minutos. Tu
És a hora, és o que dá sentido
E direção ao tempo, minha amiga
Mais querida! Qual mãe, qual pai, qual nada!
A beleza da vida és tu, amada
Milhões amada! Ah! Criatura! Quem
Poderia pensar que Orfeu: Orfeu
Cujo violão é a vida da cidade
E cuja fala, como o vento à flor
Despetala as mulheres - que ele, Orfeu
Ficasse assim rendido aos teus encantos!
Mulata, pele escura, dente branco
Vai teu caminho que eu vou te seguindo
No pensamento e aqui me deixo rente
Quando voltares, pela lua cheia
Para os braços sem fim do teu amigo!
Vai tua vida, pássaro contente
Vai tua vida que estarei contigo!

Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim

quinta-feira, 6 de março de 2008

Paraíso, vamos?

Aqui será o paraíso!