terça-feira, 27 de março de 2007

Sputnik meu amor - Haruki Murakami

"O gelo é frio e as rosas são vermelhas. Estou apaixonada. E este amor vai decerto arrastar-me para longe. A corrente é demasiado forte, não tenho escolha possível. Mas já não posso voltar atrás. Só posso deixar-me ir com a maré. Mesmo que comece a arder, mesmo que desapareça para sempre."

Sputnik meu amor de Haruki Murakami foi o último livro que me ofereceram.
Fico sempre reticente no que toca a autores nipónicos e, sempre que fico reticente, tenho que dar a mão à palmatória.
Mais uma vez fui agradavelmente surpreendida por um livro que veio do oriente.
Haruki Murakami, escritor japonês, contemporâneo, escreve de uma maneira leve, sobre as emoções, sobre o auto-conhecimento, sobre a vida diária.
Sensitivo, sensual, sedutor...
Um poeta da prosa actual.

domingo, 25 de março de 2007

Hoje contigo...

(foto minha)

"Todo sentimento precisa de um passado pra existir, o amor não, ele cria como por um encanto, um passado que nos cerca, ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio com alguém que, à pouco era quase um estranho, ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica..."

Benjamim Constant

quinta-feira, 22 de março de 2007

Para nacer he nacido - Pablo Neruda

Ontem chegou a Primavera!
Sorrateiramente, quase sem se dar por isso, veio a Primavera...
E porque ontem também era o dia da Poesia nada melhor que um poema de Pablo Neruda...

"Por ti junto aos jardins cheios de flores novas
me doem os perfumes da Primavera.
Esqueci o teu rosto, não me lembro de tuas mãos, como beijavam os teus lábios?
Por ti amo as brancas estátuas
adormecidas nos parques,
as brancas estátuas que não têm voz nem olhar. Esqueci tua voz, tua voz alegre,
me esqueci dos teus olhos.
Como uma flor a seu perfume,
estou atado à tua lembrança imprecisa.
Estou perto da dor como uma ferida,
se me tocas me farás um dano irremediável. Não me lembro mais do teu amor e no entanto
te adivinho atrás de todas as janelas.
Por ti me doem os pesados perfumes do estio:
por ti volto a espreitar os signos
que precipitam os desejos,
as estrelas em fuga,
os objectos que caem."




domingo, 18 de março de 2007

Sem ti...

(foto minha)

Há tanto tempo que não passava um fim-de-semana sozinha... Já não estava habituada confesso...
Realmente somos animais gregários, eu pelo menos tenho uma necessidade louca de dividir e de partilhar conT
(U)igo os meus dias, os meus medos, as minha alegrias, as minhas angustias, o meu presente, o meu aqui e agora.
Aqui nesta praia, onde já passeámos tu e eu, lembras-te? É linda não é? Mas estava vazia, tinha gente a aproveitar o sol mas, estava vazia...
Não, afinal não estava vazia, estávamos lá tu e eu, em silêncio mas, estávamos lá...

Raios de sol agradavelmente morno,

o som cadenciado do mar,
o cheiro a maresia que o vento suave nos traz,
eu e tu estamos aqui,
num aparente silencio...
Estamos em sintonia,
estamos só nós!

quarta-feira, 14 de março de 2007

O Fruto Proibido - Rita Mae Brown

Acabei de ler o Fruto Proibido. É um livro de uma autora americana - Rita Mae Brown - da qual eu nunca tinha ouvido falar.
Tenho que confessar que grande parte dos livros que acabo por comprar me atraem, sobretudo, pelas suas capas. Foi o caso deste Fruto Proibido, na versão portuguesa tem uma metade de um pêssego.
Escrito no princípio da década de 70 (século XX), acabou por se tornar um marco na carreira desta escritora.
Este livro conta a vida de uma rapariga - Molly - oriunda de uma família muito pobre dos sul dos Estados Unidos.
Molly é uma rapariga irreverente que desobedece prontamente às regras e aos padrões da sociedade americana de então. Rebelde, critica, honesta, observadora, aventureira, frontal, Molly guia-nos durante duas décadas pela mentalidade e pela sociedade americana da altura.
Comovente, divertido, satírico! Não deixem de ler!

segunda-feira, 12 de março de 2007

É assim que sou FELIZ!

De nada vale o dinheiro, nem o que ele pode comprar se eu não tiver na minha mão, a Tua mão!
De nada vale a riqueza, nem o que ela me pode trazer se, não puder ver o brilho dos Teus olhos quando sorris para mim e dizes que eu sou "loca de atar"...
De nada valem as porcarias inúteis que acumulamos durante anos, ou um carro espantoso, ou mesmo uma casa se não o pudermos partilhar com quem amamos...
Como compro o perfume daquelas flores que tivémos aos nossos pés no sábado à tarde?
Como guardo as borboletas que voavam livres pelo campo à volta das nossas cabeças?
Como faço para ter sempre comigo os voos rasantes das andorinhas que iam beber água ao pé de nós enquanto bebíamos aquele copo, lá fora no quintal?
Não compro, não guardo, não tenho...
Só posso é perpetuar esses momentos tão perfeitos, tão únicos tão nossos, dentro de mim e dividi-los contigo sempre que nos lembrarmos deles, porque serão só nossos, de mais ninguém e nunca ninguém nos poderá roubar... Serão nossos para a eternidade!
É assim que sou FELIZ!



segunda-feira, 5 de março de 2007

É linda a minha cidade...

(foto minha)
Ora bem, digam lá se é ou não linda a minha cidade?
E o orgulho que eu tenho em mostrá-la a quem a não conhece... Conseguem imaginar?
Este fim de semana andei a mostrar a minha cidade a uma Gatosky que ficou deslumbrada com a beleza natural deste pequeno paraíso e eu, acho que nunca me cansarei de olhar para este mar sem fim...
Gatosky a minha cidade está à tua espera!!!

quinta-feira, 1 de março de 2007

A criança que não queria falar - Torey Hayden

A semana passa num super-mercado um livro mereceu a minha atenção.
Peguei-lhe, comecei a ler a lombada interior e descobri que era uma história verídica. A autora, para mim uma perfeita desconhecida, aliás, nem sei se ela tem mais algum livro publicado.
Comprei o livro e em 2 dias devorei-o.
Chorei, sorri, ri e pensei muito em muita coisa do que lá dizia...
É triste muitas vezes o mundo em que vivemos, é triste a realidade que muitas crianças têm que enfrentar, crianças essas que mais tarde serão adultos, adultos cruéis, com lacunas na sua personalidade, com medos, com passados macabros e que, hoje não consegue deixar para trás esse passado...
Mas este mundo triste em que vivemos também é dotado, por vezes, de uma beleza extraordinária. O que Torey Hayden fez, enquanto professora daquela menina foi um pequeno e belo milagre.
Recomendo este livro a toda a gente!!!